Fico chocada quando alguém me pergunta se tenho ou fala que tem ídolo. A primeira coisa que me vem à mente sempre é "Você é cristão?". Parece que as pessoas esqueceram o significado da palavra, o que é realmente idolatrar alguém- cultuar, adorar, amar sem dúvidas ou incertezas.
Quando Zayn saiu da One Direction eu fiquei chateada, muito triste, mas tentei entender. Pensei "Ah, tudo bem, é escolha dele." E então ele começou a falar mal da banda. Fiquei furiosa. Queria dar um sermão dele, dar um puxão de orelha, mostrar à ele o que a banda fez por ele, quem foram os melhores amigos dele por anos. Eu discordei dele. Eu fiquei chateada com ele. Eu ainda não o perdoei. Eu poderia fazer isso se ele fosse meu ídolo? Eu poderia reprovar quando Kristen Stewart quando ela mostra o dedo do meio? Eu poderia reprovar a nova namorada do Rober Pattinson se ele fosse meu ídolo? Não, eu não poderia.
Idolatrar é se entregar totalmente. Ouvir e obedecer. Não dizer não. Não questionar. Não reprovar. Ser fiel. Amar acima de tudo.
É claro, uma pessoa que idolatra a Cristo normalmente não é irracional - pelo contrário, para entender a Bíblia é precisa muita leitura, reflexão e contextualização. Mas idolatrar a um ser humano é o mesmo que abdicar de si.
Eu não tenho ídolos. Tenho amores. Paixões. Pessoas que admiro e que amo. Pessoas que apoio, que me importo, que me espelho. Mas que também critico. Meus fandons não são uma prisão para minha mente, são como minha família e meu entretenimento - são uma parte da minha vida que vou lembrar com saudade quando mais velha porque é um lugar de atitudes certas e erradas, piadas e brincadeiras, de conforto e confronto, onde todos podem dar suas opiniões com poucos problemas.
Eu tenho famílias problemáticas e maravilhosas, não um bando de idólatras. Eu não tenho ídolos.