Há algum tempo que comecei a me interessar pela cultura oriental, principalmente dos sul coreanos. Do pouco que conheci, as produções para cinema e TV me cativaram rapidamente. Cacei alguns nomes, coloquei na minha grade do BDS e deixei quietinho, para me acabar depois do ENEM.
Noite passada, porém, eu estava sem sono, perfeitamente acomodada e quentinha, com um celular com o app da Netflix e Wi-Fi rápido, então chequei a minha lista e encontrei algo que conseguiu me fazer relembrar o que é sentir frio na barriga: Noble, My Love.
Em NML, Kang Hoon é um CEO solitário e bonitão que se encanta por Yoon Seo, uma doce veterinária, e entra definitivamente na vida dela quando ela o socorre de um ferimento grave que ele sofreu ao fugir de um sequestro. Entre brigas, acordos, manipulação, ciúmes e problemas para demonstrar sentimentos... Rolam uns três tristes beijos (que me fazem querer gritar só de lembrar eu sou muito fangirl, socorro).
Quando conheci a saga Crepúsculo (que, basicamente, me guiou pelo mundo do entretenimento), eu pulei de cabeça na história. Lendo os livros e assistindo os filmes, eu chegava a ter enjoos de tão forte que eram as famosas borboletas. Enquanto assistia NML, tinha as mesmas sensações. Talvez até mais fortes.
Comecei a assisti-la sem expectativa, esperando que com dois episódios já estaria embarcando no mundo dos sonhos, mas acabei às três da manhã rindo na coberta para abafar o som, ficando corada, xingando os maus e tendo ataques de fangirl a cada olhar que Kang Hoon e Yoon Seo trocavam.
Não vou mentir, o roteiro não é dos melhores, a atuação da mocinha às vezes deixa a desejar e Kang pode ser muito mandão e controlador às vezes, mas eu amei o dorama por ser tão leve e fofo. Eu ri todo episódio, fiquei brava com todos e depois os perdoei, fiquei apaixonada pela fotografia da série, tentei pronunciar o nome de todos (falhei), me encantei com a quantidade de beldades por polegadas e torci da primeira troca de palavras até a declaração final. Ah, e fiquei muito brava com a falta de beijões. Às vezes o conservadorismo é uma pedra no sapato de shippadoras compulsivas como eu.
Provavelmente não foi o melhor dorama já feito, mas ele é muito Sessão da Tarde e eu adoro filme de Sessão da Tarde - então tudo faz sentido. Não me arrependo nadinha de ter assistido e fico muito feliz que algo tão gostoso de assistir tenha sido meu primeiro contato com mais esse mundinho que parece ser tão legal. Só espero que os próximos que eu assistir me cativem tanto quanto esse - e que esses atores façam par em outros também porque eu quero muito ver eles juntos novamente.
E se você, querido leitor, nunca prestou-se a conhecer esse presente da cultura oriental, passe lá na Netflix e regozije-se no maravilhoso mundo das bochechas computadorizadamente rosadas.